Voltando pra casa, sozinha, embaixo de chuva (parece dramático, porém foi apenas o acaso)… Eu parei pra pensar em como as pessoas gostam de achar que estamos “apaixonados” ou “gostando” de alguém. Percebi que isso me incomoda, muito.Me incomoda por dois motivos: primeiro, por ser a impressão errada e segundo, por não estar apaixonada. Sim, o fato de não estar “apaixonada” me incomoda. E eu percebi isso só hoje… Na hora em que pedi sugestão de alguns textos sobre amor e senti o vazio pulsando dentro de mim. Vazio de ter o que mostrar, ter o tal amor pra dar porém não ter onde depositar esse amor. É frustrante… Mas ao mesmo tempo bate um alívio, amar significa sofrer, da forma mais gostosa, mas ainda assim sofrer.
Percebi que ando apreciando versos apaixonados, músicas melancólicas e fotos graciosas apenas pelo fato de achar bonito. Apenas por acreditar que talvez seja possível, um dia, amar novamente. Juro que não vale à pena fazer esforços, larguei mão, pelo menos isso eu aprendi… Percebi que amei de verdade e que realmente, enquanto se ama, até os biscoitos cream cracker ganham sabor de um enorme lanche de qualquer fast-food.A vida sem amar um outro alguém que te completa é boa, um pouco sem graça, mas é agradável. Não diria que é aquela brisa que bate num fim de tarde quente que tem frescor de bala de menta acompanhada com o som pássaros e o voo das andorinhas, mas é boa. Queria voltar a amar. Queria que os cream cracker virassem pão com nutella e o melhor de tudo, queria fazer o teu café numa manhã qualquer.
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